Sunday 1 March 2009

Uma ida à praia

Olho o mar que me preenche o vazio onde outrora morava a esperança

Simples tiques da praia que me alheiam
Desde o roar das ondas, as rotas das gaivotas e os trilhos dos cães que se passeiam

Não sou o único que aqui se transforma num simples grão de areia
Inconsequente, invísivel, dormente em estado de contínua apneia
Santa paz perturbada por rituais de mães de Santo que rogam ao mar que lhes devolva o rumo perdido

Praia das absolvições, restituidora de emoções
Crias paladinos a partir de stressados citadinos

O teu respirar hipnótico leva-nos a encontrar-nos como se fôssemos um fóssil coberto por camadas de emoções, comportamentos e opiniões impostas por outros

Aqui somos nós, sem receios, sem dores, amores e pudores
Pelo menos até que a maré nos alcance

@By me in 2008-10-14

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