Olho o mar que me preenche o vazio onde outrora morava a esperança
Simples tiques da praia que me alheiam
Desde o roar das ondas, as rotas das gaivotas e os trilhos dos cães que se passeiam
Não sou o único que aqui se transforma num simples grão de areia
Inconsequente, invísivel, dormente em estado de contínua apneia
Santa paz perturbada por rituais de mães de Santo que rogam ao mar que lhes devolva o rumo perdido
Praia das absolvições, restituidora de emoções
Crias paladinos a partir de stressados citadinos
O teu respirar hipnótico leva-nos a encontrar-nos como se fôssemos um fóssil coberto por camadas de emoções, comportamentos e opiniões impostas por outros
Aqui somos nós, sem receios, sem dores, amores e pudores
Pelo menos até que a maré nos alcance
@By me in 2008-10-14
Sunday, 1 March 2009
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