Tuesday 27 July 2010

Yes Man

Sim, claro, confirmo, positivo
Concordo, apoio, afirmativo

Tudo o que queiras
Claro que não é asneira
Mas que bela ideia
Fantástica panaceia

Solução inovadora
Acção empreendedora
Isso é brilhante
Sucesso flagrante

Concretizar alguém o fará
Para isso não estou cá
Sou só o seu bajulador
Soprar-lhe elogios como bom Adamastor

Não quero saber de como o fazer
Só quero fazer crer de que é o melhor parecer

E não assino documento porque palavras levas-a o vento
Este é o meu labor diário, trabalhar fica para outro otário

@ by me somewhere in 2009

Sunday 1 March 2009

Diz-me

Diz-me, diz-me, diz-me o que te vai na alma
Enche-te de coragem e fala, grita ou sussurra
Juro que não vou perder a minha calma

Silêncio, fechas-te em copa, retrais a tua mão
Quero ajudar mas só sabes dizer que não
Entranha-se a estranheza no que era a intimidade
Tolerância a caminho do zero, Hulk irascível
Compreender é tudo o que quero, dá-me uma abertura

Diz-me, diz-me, diz-me o que te vai na alma
Enche-te de coragem e fala, grita ou sussurra
Juro que não vou perder a minha calma

Vivência que se torna tortura, algo que já não perdura
Qual o nosso destino? Sinto-me à pendura!
Limpa os pratos, escreve no quadro, envia um SMS ou tecla-me no messenger
Traduz-me essa ausência, dá-me clarividência!

Diz-me, diz-me, diz-me o que te vai na alma
Enche-te de coragem e fala, grita ou sussurra
Juro que não vou perder a minha calma

Estou a ficar contaminado, cada vez mais quero ser cego e surdo
Construir um muro que me deixe seguro
Se ainda sentes amor acaba com este horror
Decide se nos queres ou se apenas te vês só

Diz-me, diz-me, diz-me o que te vai na alma
Enche-te de coragem e fala, grita ou sussurra
Juro que não vou perder a minha calma

Não quero ser a tua prisão nem que tu sejas o meu grilhão
Só quero ouvir o que estás a sentir
Se errei quero saber para poder corrigir, se erraste quero saber para poder perdoar

Diz-me, diz-me, diz-me o que te vai na alma
Enche-te de coragem e fala, grita ou sussurra
Juro que não vou perder a minha calma

@By me in 2008-10-14

Uma ida à praia

Olho o mar que me preenche o vazio onde outrora morava a esperança

Simples tiques da praia que me alheiam
Desde o roar das ondas, as rotas das gaivotas e os trilhos dos cães que se passeiam

Não sou o único que aqui se transforma num simples grão de areia
Inconsequente, invísivel, dormente em estado de contínua apneia
Santa paz perturbada por rituais de mães de Santo que rogam ao mar que lhes devolva o rumo perdido

Praia das absolvições, restituidora de emoções
Crias paladinos a partir de stressados citadinos

O teu respirar hipnótico leva-nos a encontrar-nos como se fôssemos um fóssil coberto por camadas de emoções, comportamentos e opiniões impostas por outros

Aqui somos nós, sem receios, sem dores, amores e pudores
Pelo menos até que a maré nos alcance

@By me in 2008-10-14

Tuesday 9 September 2008

Toxico

Julgaste que os teus amigos não te quisessem mal
Pensaste poder sair quando quisesses
Mas o teu corpo já não te obedece
Tarde percebeste que não queriam estar sozinhos nesse vicío infernal
Nada fazes para te curar
Não tens Força de vontade
Tudo o que sabes é roubar e chutar
Perdeste a felicidade
Não sabes como a reencontrar

És um agarrado
Por todos detestado
És um deliquente
A droga destruiu-te a mente

Já não te importas com a tua aparência
Tás-te a cagar para o teu estado
Pensas estar condenado
Fazendo tudo para alimentar a dependência
Agora pensas no que foste
Olhas para o que és
Não acreditas na diferença
Como foi possivel tal mudança?
Na rua todos te topam
Sentes-te discriminado
Como escumalha és apontado
Sentes-te abaixo de cão

És um agarrado
Por todos detestado
És um deliquente
A droga destruiu-te a mente

Queres pôr a culpa na sociedade
Até mesmo na tua familia
Mas sabes que isso não é verdade
A culpa é toda tua
És tu quem deve lutar
Para que um dia voltes à rua
E ninguém tema o teu olhar.

@By me algures entre 1995 e 1997

The Son

Let me tell you a story about a son
Who thought he was the one

Lived his life in the cold , had no needs
Just to satisfy other people greeds

Everyone took advantage of his innocence
Taking all they could without expense

Then one day come a man who returned the son help
The unknown man woke something never felt

The poor son saw he was not the one
He was merely another truly man

He become so sad for living such a lie
That suddenly he begun to die

All his life he had help someone to improve
But no one was there to claim his body

He was thrown in a deep grave
With no tumbstone in wich to carve his name

But a big oak tree grown in a week
Marks the spot in wich we should weep

@By me algures entre 1995 e 1997

Teaching

Why are you speaking so bravely?
Can't you see no one is listening?
Everybody is absentminded
Thinking only on holiday
You must feel your time is wasted

I know you know
So why don't you react?
Kill your sorrow
That should be your act!!

Some already are asleep
Others gossip and even mock you
Everybody knows it's not your fault
It's a tradition we have to keep

The ones who kiss your ass when standing face to face
stabb you in your back every time you pass

You've done the same in your youth
So you really understand
But being on the other side
is something you can't stand

@By me algures entre 1995 e 1997

Tuesday 8 July 2008

Flush it

Nobody wants to handle the shit
Everybody does some shit and no one wants to flush it
We all have the power to do it
But few have the guts to do it and succeed

Flush your smelly shit
Before it hurts someone
Do it nicely and do it quickly
And no questions will be made

Why can't you look at what you've done?
You assholes!!!
The one who did it should discard it
But no!!
You have to mess things up and fuck other people with your shit

Flush your smelly shit
Before it hurts someone
Do it nicely and do it quickly
And no questions will be made

One day you won't find someone to do it for you
Then you'll have to pay the consequences
Kiss your ass goodbye!!

So don't forget to flush your shit before it can be found
Or else you'll be caught and you may be the flushed one

@By me algures entre 1995 e 1997